22 de setembro de 2009

Pois é, mais velha...

Como em todos os anos, nesse também me perguntaram: "Como você está se sentindo hoje sabendo que está mais velha?". Sei que essa pergunta não é feita única e exclusivamente a mim, todos nós temos que ouvir esses tipos de perguntinhas todos os anos '. Mas neste ano, parei para refletir nisso.

Envelhecer....amadurecer, melhor dizendo, não é algo que se possa sentir de um dia pro outro. Bom, a minha resposta continua sendo a mesma de todos os anos (me sinto da mesma maneira que me sentia ontem ¬¬'). Mas posso dizer que com 20 anos de idade, me sinto diferente sim, não por mudar de dígitos, mas por ter sobrevivido a 365 novos dias, vitoriosa pois aprendi com cada experiência pela qual passei, sendo ela boa ou ruim.

Velhos hábitos? Continuo com eles, fazendo o favor de não me livrar dos bons de jeito nenhum. Quanto aos ruins, felizmente me livrei de alguns pelo caminho - para mim, isso significa amadurecer!

Quanto aos amigos, não perdi nenhum. A vida me distanciou de uns =[ mas me aproximou de outros, que fazem meus dias mais alegres e memoráveis. Obrigado povo (rsrs) por estar ao meu lado sempre que preciso. Obrigado por hoje, foi lindo, maravilhoso e eu nunca vou esquecer!!

AMO VOCÊS, CARRAPATINHOS DA MINHA VIDA!!


Ps 1: Clique em cima das fotos para ver a galeria!!
Ps 2: Quantos aos outros carrapatos que não puderam comparacer....EU VOS PERDÔO! Rsrs!!

15 de setembro de 2009

Melhor o meu, do que o dos outros

De vez em quando eu me questiono se o mundo, as pessoas e as situações, existem pra realizar um filme no qual EU sou a protagonista, sem eu saber nem nada. Tipo aquele filme com o Jim Carrey, O Show de Truman, onde ele participa de um reality show (eu diria uma novela da vida real) com direito a cenário, roteiro e tudo. Ele é filmado 24 hrs por dia, desde a barriga da mãe e nem desconfia o.O.

Tudo se encaixa perfeitamente pra mim, não pertenço a um só lugar, eu me adapto a todos eles. Mas não pense que foi sempre assim... Já sofri muito por me sentir excluída, sempre o peixinho fora d'água. Já fui até pega pela síndrome do NMANMQ - Ninguém me Ama Ninguém me Quer - é, tá pensando o que...

Descobri a minha versatilidade a pouco tempo, uns 3 ou 4 anos atrás - parece nada, mas é muito pra quem passou 16 ou 17 anos deslocada - Foi quando me toquei que preciso mudar constantemente e que tudo na mesma vira tédio. Sério, mudar é preciso. Afinal de contas tudo muda, até surda muda (ok essa foi péssima ¬¬'), e ultimamente venho mudando bastante.

Mas até Ptolomeu dizia “navegar é preciso” quando os marinhos se recusavam a partir em longas viagens...Momentos filosóficos a parte, o que eu quero dizer é que para mim renovação é vital! E eu mudo sim, mas sempre do meu jeitinho, onde encontro prazer e conforto.

8 de setembro de 2009

Morte lentamente

(Gente, a semana tem sido muito corrida. Meu pai, está no hospital e eu estou sem tempo nenhum. Vou deixar este texto maravilhoso de Pablo Neruda. Espero que gostem.)

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples ato de respirar. Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda